VOZES FEMININAS NAS TRADUÇÕES BRASILEIRAS DO DRAMA SHAKESPEARIANO
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Autor(es): Marcia Amaral Peixoto Martins
O objetivo deste artigo é traçar o perfil de algumas tradutoras da
poesia dramática shakespeariana para o português do Brasil, cujo marco
inicial foi A megera domada em tradução de Berenice Xavier (1936). A
perspectiva adotada insere-se na vertente da sociologia da tradução que se
fundamenta nos conceitos de habitus, capital e campo de Pierre Bourdieu
(1986, 1989, 1996) e na subárea dos Estudos da Tradução a que Andrew
Chesterman (2009) se refere como Estudos do Tradutor. Considerando-se
apenas traduções integrais a partir da língua inglesa e publicadas sob forma
de livro, contam-se até o final de 2020 um total de 214 traduções brasileiras
das 39 obras dramáticas de Shakespeare. Até o momento, 39 tradutores
individuais, uma dupla e um coletivo assinaram traduções integrais de peças
do cânone, grupo no qual se incluem apenas dez mulheres. Ao examinar
conjuntamente dados biográficos, visões de tradução e comportamento tradutório dessas mulheres, levando em conta o contexto sociocultural em que
se inseriam ou se inserem, pretendo ressaltar o seu legado, em uma possível
contribuição para a historiografia da tradução literária no Brasil.
Palavras-chave: Mulheres Tradutoras; Shakespeare em Português do
Brasil; Sociologia da Tradução; Estudos do Tradutor
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